Ao final da primeira etapa do projeto wu-wei, em Experimento Cyborg Mulher-Planta-Máquina foi atribuido à investigação o nome Alba Viridi Pythonissan. Em linhas gerais, o nome é a união de três palavras: Alba é branco, mas não como a cor e sim como a luz. Viridi é verde, o que é do Reino Vegetal e Pythonissan é feiticeira.

Pythonissan como parte da nomenclatura do projeto é uma menção, homenagem ou evocação da alma feiticeira ligada à herbologia e especialmente à mulher. A citação abaixo, extraída do Design de Culturas Regenerativas, de Daniel Wahl situa em parte o acontecimento histórico de despotencialização da mulher nesse campo de conhecimento.

“A visão de mundo em que vivemos hoje começou a tomar forma durante um notável período na Europa chamado Renascimento, o qual desencadeou a revolução científica e permitiu a primeira globalização violenta em forma de colonialismo e – mais tarde – a primeira revolução industrial. No coração dessas transformações estava uma poderosa nova forma de pensar e uma mudança de atitude em relação à natureza. Dezenas de milhares de mulheres com conhecimentos em fitoterapia e medicamentos naturais foram queimadas como bruxas durante um período de trezentos anos que coincidiu com o desenvolvimento do método científico. A ciência começou a substituir a religião como ‘autoridade definitiva’ e a arbitrar questões sobre o certo e o errado. Nossa percepção do mundo natural mudou de uma visão nutridora da ‘mãe natureza’ e a crença de que tudo estava conectado (anima mundi) para ver a natureza como um recurso a ser explorado, controlado e conquistado. A poderosa metodologia científica ofereceu uma separação entre o subjetivo e o objetivo, mente e matéria, e humanidade e natureza. Ela nos ensinou a entender as coisas ‘objetivamente’ ao separá-las de seu contexto.” (WAHL, p. 98)