CAROLINA SUDATI a.k.a. TRANSLÚCIDA /BRUTA

Canoas, 1979.  Atua na relação entre corpo e dispositivos vestíveis, onde estes colaboram na transposição de limitações em expansões e potencializações corporais. Cria performances-instalações, vídeoperformances e dispositivos vestíveis em diferentes contextos e fomentos como a A.C.C.C., Arte Serrinha, Mas Els Igols, Sesc, Festival Contemporâneo de Dança, MinC, ProAc, junto aos artistas associados, especialmente com o artista visual e designer Leo Ceolin, com o multi-instrumentista Jose Bárrickelo e com a fotógrafa Mayra Azzi.

A criação sucessiva de devires femininos dos seus projetos Noiva (2011/2018), Mosca-Branca (2016), Ave ou Penas (2017), SUCESSO estudo para o fracasso (2017), Experimento Cyborg Mulher-Planta-Máquina (2018) e Perfeita e a Corrida do Ouro (2020) manifesta temas como a intensidade da mulher, os colapsos e a reconexão com o ritmo e meio natural.

Foi artista residente do programa de residência artística e de acompanhamento de projetos Obras em Construção da Associação Cultural Casa das Caldeiras por três anos consecutivos onde desenvolveu por último o projeto wu-wei // crise _a mulher, criando uma série de próteses orgânico-industriais e operando-as na performance-conferência científica Experimento Cyborg Mulher-Planta-Máquina com a colaboração biopoética e conceitual do ecólogo vegetal João Godoy. A segunda ação deste trabalho aconteceu em imersão durante o Festival Arte Serrinha, utilizando as provocações do Laboratório do Olhar, conduzido por Veridiana Aleixo e André Martinez. Neste período, estabeleceu uma conexão profunda com questões ambientais e procedimentos de hackeamento vegetal que a levaram a investigar posteriormente o garimpo e manifestações matéricas ligadas ao minério, neo-extrativismo e ao pós-industrialismo, aproximando-se das ecologias obscuras. 

Bacharel em Comunicação Social pela PUCRS, com formação no método do ator pelo Centro de Pesquisa Teatral dirigido por Antunes Filho. Compartilha a investigação do saber manufatureiro, do ritual como prática de artesania e da limitação como forma de ampliação do corpo e de novas percepções através de laboratórios de criação realizados em diferentes universidades e centros culturais entre eles: Projeto Tribo Urbana – Sesc Consolação; Projeto Capital 35 contemplado pelo edital Territórios das Artes – ProAc, Semana de Dança da Universidade Federal de Viçosa; Sesc Santos integrado ao Projeto Ocupação #32; Paideia Associação Cultural em contrapartida à Bolsa Conexão Cultura Intercâmbios – MinC.

Iniciou sua trajetória no teatro, fundando a Cia Teatral BlackOut juntamente com Joana Sudati e Lilia Vilarinho onde desenvolveu suas primeiras criações: Baile de Carnaval (2003) e Mumaqui: o amor entre a mulher e a máquina (2005) onde já desenvolvia uma linguagem de teatro visual. Ao longo dos anos colaborou com outros diversos criadores na performance, dança, cinema e teatro entre eles Claudia Muller, Afonso Poyart, Caco Souza, Caito Ortiz, Eduardo Wannmacher, Fabiano de Souza, Fernando Kike Barbosa, Bruno Polidoro, Gustavo Galvão, Simone Forti, e Pedro Paulo Rocha (a_factory / Rede Tranzmidias). Integrou as companhias de André Garolli (Triptal), Fernando Martins (Plataforma Shop Sui) e Jorge Garcia com os quais estabeleceu processos continuados de criação cênica & formação.

Dedica-se cada vez mais à investigação na prática artística, com mapas de conhecimento e parâmetros específicos de operação que incluem práticas de transe e de ampliação de consciência. Essa investigação manifesta-se em diversas ações de pesquisa: – realizou intervenções em casas em estado de pré-demolição ao lado de Filipe dos Santos Barrocas e Gabriel Brito Nunes em 2011 e 2012; – foi contemplada com o edital Conexão Cultura Brasil Intercâmbios (MinC), realizando treinamentos em dança contemporânea em Bruxelas/BE e residência artística junto ao Estudio Nómada em Barcelona /ES. Participante das edições IV e V da Plataforma Exercícios Compartilhados  sob coordenação de Adriana Grechi, com os provocadores Robert Stejin, Marcelo Evelyn, Rosa Hércules e Alejandro Ahmed. 

O aprofundamento de sua pesquisa e dos parâmetros de mobilidade estão registrados, entre outras publicações, no livro Corredor Eletromagnético, de Cristian Espinoza com o qual colabora como artista associada e na monografia de Paloma Atanes pela Universidade Federal de Viçosa, na qual foi foco de estudo, colaboradora e avaliadora. Integra o mapeamento de artistas do Roteiro de Ateliês, onde são promovidas ações de aproximação do público do entorno dos ateliês e estudos de percurso entre esses espaços. Está cada vez mais interessada em aprofundar o desenvolvimento dos dispositivos vestíveis como extensão de mobilidade e também estabelecer novas práticas de ampliação de percepção e no estudo simbólico dos materiais orgânicos e biológicos para as manufaturas.

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Canoas, 1979. It operates in the relationship between the body and wearable devices, where they collaborate in the transposition of limitations in expansions and bodily enhancements. Creates performances-installations, videoperformances and wearable devices in different contexts and foments such as A.C.C.C., Arte Serrinha, Mas Els Igols, Sesc, Festival Contemporâneo de Dança, MinC, ProAc, together with associated artists, especially with visual artist and designer Leo Ceolin , with multi-instrumentalist Jose Bárrickelo and photographer Mayra Azzi.
The successive creation of female becomings in her projects Noiva (2011/2018), Mosca-Branca (2016), Ave ou Feathers (2017), SUCESSO Study for Failure (2017), Cyborg Woman-Plant-Machine Experiment (2018) and Perfect and the Gold Rush (2020) manifests themes such as the intensity of women, breakdowns and reconnection with the rhythm and natural environment.
She was a resident artist in the artistic residency program and project follow-up Obras em Construção at Associação Cultural Casa das Caldeiras for three consecutive years, where he last developed the wu-wei //crisis _amulher project, creating a series of organic-industrial prostheses and operating them in the scientific performance-conference Experimento Cyborg Mulher-Planta-Máquina with the biopoetic and conceptual collaboration of plant ecologist João Godoy. The second action of this work took place in immersion during the Festival Arte Serrinha, using the provocations of Laboratório do Olhar, conducted by Veridiana Aleixo and André Martinez. During this period, she established a deep connection with environmental issues and plant hacking procedures that led her to further investigate mining and material manifestations linked to ore, neo-extractivism and post-industrialism, approaching obscure ecologies.
Bachelor in Social Communication from PUCRS, trained in the actor’s method by the Center for Theater Research directed by Antunes Filho. It shares the investigation of manufacturing knowledge, ritual as a craft practice and limitation as a way of expanding the body and new perceptions through creation laboratories carried out in different universities and cultural centers, among them: Projeto Tribo Urbana – Sesc Consolação; Capital 35 Project contemplated by the public notice Território das Artes – ProAc, Dance Week of the Federal University of Viçosa; Sesc Santos integrated into the Ocupação #32 Project; Paideia Associação Cultural in return for the Associação Cultura Intercâmbios Scholarship – MinC.
She began his career in theater, founding Cia Teatral BlackOut together with Joana Sudati and Lilia Vilarinho, where he developed his first creations: Baile de Carnaval (2003) and Mumaqui: o amor entre a mulher e a machine (2005), where he was already developing a language of visual theater. Over the years he collaborated with other diverse creators in performance, dance, cinema and theater, including Claudia Muller, Afonso Poyart, Caco Souza, Caito Ortiz, Eduardo Wannmacher, Fabiano de Souza, Fernando Kike Barbosa, Bruno Polidoro, Gustavo Galvão, Simone Forti , and Pedro Paulo Rocha (a_factory / Rede Tranzmidias). She was part of the companies of André Garolli (Triptal), Fernando Martins (Plataforma Shop Sui) and Jorge Garcia with whom she established continuous processes of scenic creation.

She dedicates herself more and more to research in artistic practice, with maps of knowledge and specific parameters of operation that include practices of trance and expansion of consciousness. This investigation manifests itself in several research actions:-she carried out interventions in houses in a pre-demolition state alongside Filipe dos Santos Barrocas and Gabriel Brito Nunes in 2011 and 2012; – was contemplated with the public notice Conectas Cultura Brasil Intercâmbios (MinC), carrying out training in contemporary dance in Brussels/BE and artistic residency at Estudio Nómada in Barcelona/ES. Participant of the IV and V editions of the Shared Exercises Platform  coordinated by Adriana Grechi, with provocateurs Robert Stejin, Marcelo Evelyn, Rosa Hércules and Alejandro Ahmed.

The depth of his research and mobility parameters are recorded, among other publications, in the book Corredor Eletromagnético, by Cristian Espinoza which collaborates as an associated artist and in the monograph of Paloma Atanes by the Federal University of Viçosa, in which she was the focus of study, collaborator and evaluator. It integrates the mapping of artists from the Roteiro de Ateliês, where actions are promoted to bring the public closer to the ateliers’ surroundings and studies of routes between these spaces. She is increasingly interested in deepening the development of wearable devices as an extension of mobility and also establishing new practices for expanding perception and in the symbolic study of organic and biological materials for manufactures.