PRIMEIROS ESTUDOS

A partir da provocação de André Garolli para a criação de cenas que tivessem como estímulo duas palavras: abandono e despedida – iniciei o processo de composição de um exercício teatral onde a relação com o vestuário seria impregnada pelas sensações vindas dessas palavras. Naquele momento fui movida a resgatar uma saia, que era parte de um vestido de noiva, e iniciei uma experimentação do corpo no espaço com a roupa sendo transformado em partituras de movimentação.
Naquela época já havia me aproximado muito da dança e começava a ter consciência do teatro sem fala, de um teatro visual. Ao mesmo tempo, percebia que o ato de mover só fazia sentido se eu explorasse um encontro com os desejos desse corpo que move e que a dramaturgia precisava nascer nesse âmbito.
Motivada pelo estímulo de André em dar continuidade àquele embrião que havia sido compartilhado, realizei alguns registros iniciais com a colaboração de Henrique Iwao em 2011.